Pânico Jovem Pan
👀 O Pânico começou originalmente apresentado por Emílio Surita, Marcelo Batista (o "Cabeça") e Fernando Mello.
Canais Oficiais Pânico
A história do Pânico
O inícioO Pânico teve início como um programa destinado ao público adolescente, originalmente apresentado por Emílio Surita, Marcelo Batista (o "Cabeça") e Fernando Mello, mais conhecido como Maestro Billy. No entanto, o programa começou a ganhar destaque quando os apresentadores passaram a interagir de forma divertida com os ouvintes que ligavam ao vivo em busca de brindes como bonés, camisetas e ingressos, muitas vezes recorrendo a brincadeiras e xingamentos, o que atraiu a atenção dos produtores e contribuiu para sua transformação no formato atual.
Emilio permanecia no estúdio da rádio, enquanto Marcelo Batista e Billy transmitiam diretamente da Avenida Paulista, em São Paulo, daí o nome do programa, uma referência ao trânsito caótico da cidade e à rádio Jovem Pan. Eles frequentemente se vestiam como personagens conhecidos, como Batman, Robin, Homem-Aranha, entre outros, e entrevistavam pessoas na rua. Após seis meses, foi introduzido o personagem Piru (Ricardo Zanella), responsável por responder às cartas dos ouvintes no quadro "Pergunte ao Piru", logo substituído por Marcos Chiesa, o Bola, no quadro "Pergunte ao Bola". Emilio e Bola foram posteriormente acompanhados pelo radialista Flávio Machado, interpretando o personagem Samanta, e por Waguinho, no papel de Teobaldo.
Naquela época, o programa Pânico consistia principalmente no atendimento telefônico aos ouvintes, que ligavam para fazer perguntas aos membros do programa ou simplesmente para participar e deixar recados. Entrevistas eram raras e os locutores faziam perguntas para serem respondidas ao vivo. O programa também lançava promoções, como as "Olimpíadas do Pânico".
A primeira mulher no Pânico e o Portuga
Após a saída de Maestro Billy, Teobaldo e Samanta, o programa Pânico introduziu uma nova dupla de personagens que rapidamente se tornaram populares entre os ouvintes. Paty Lane (interpretada por Lismara de Oliveira), uma "patricinha" mimada e filha de papai, marcou presença como a primeira mulher no programa. Ao seu lado, estava o Portuga, um suposto radialista português em estágio na rádio brasileira.
A presença de Paty Lane e o Portuga gerou grande interesse da audiência, concentrando muitas perguntas nos dois personagens, especialmente em Paty Lane, que era frequentemente provocada pelo público por seu comportamento supostamente esnobe. No entanto, em um episódio marcante do programa em 2 de julho de 2009, Emílio Surita revelou para uma ouvinte que Paty Lane havia falecido em um acidente de ônibus enquanto viajava de São Paulo para o Paraná. Essa informação, contudo, foi posteriormente esclarecida como falsa.
Na realidade, a "morte" de Paty Lane foi uma estratégia devido à saída não amigável da humorista do programa, como revelado em uma entrevista concedida ao blog Baú do Pânico. Esse incidente ilustra tanto o impacto que os personagens tinham na audiência quanto as dinâmicas internas e desafios enfrentados nos bastidores do programa.
Aparições na TV
O sucesso estrondoso do programa Pânico não se limitou apenas ao rádio, mas também se estendeu para a televisão, proporcionando oportunidades significativas para seus integrantes. Entre essas oportunidades estava o papel de jurados no programa Ratinho Livre, transmitido pela Rede Record. Os membros da equipe, incluindo Bola, Japa, Ceará, Mineiro e Paty Lane, formavam um painel de jurados que agregava diversão e perspectivas únicas ao programa, especialmente nos sábados, quando suas participações eram mais destacadas.
Antes dessa incursão na Rede Record, o programa 190 Urgente, apresentado por Ratinho na CNT, teve o privilégio de realizar uma matéria especial com a trupe do Pânico. Essa exposição na televisão foi um marco importante, marcando uma das primeiras aparições do grupo nas telas da TV, e contribuindo significativamente para sua crescente popularidade e reconhecimento nacional.
Além disso, o impacto do Pânico se estendeu para além das participações como jurados e matérias especiais. Patrícia de Sabrit, em seu programa agora extinto, também dedicou um espaço especial para destacar a Turma do Pânico, evidenciando assim o alcance e a influência dessa equipe icônica no cenário midiático da época.
Novos personagens
Ao longo do tempo, à medida que alguns integrantes deixavam o programa, Emílio Surita, sempre atento a novos talentos, introduzia novos apresentadores e personagens para manter a vitalidade e a criatividade do Pânico. Entre esses novos rostos estavam o "Japa" (Marcos Aguena), conhecido por seu personagem "Carlos Caramujo", o "Carioca" (Márvio Lúcio), e "Arnóbio", posteriormente rebatizado como "Ceará" (Wellington Muniz), que trouxe consigo o personagem "Paulo Jalaska".
Antes mesmo da estreia de Márvio Lúcio como personagem fixo do Pânico, Marcos Aguena e Wellington Muniz já faziam sucesso com o quadro dos palhaços "Carequinha e Chupetão". Aguena também criou o memorável personagem "Pato", que por muito tempo teve um espaço cativo no programa, conquistando a simpatia do público.
Além disso, a ex-modelo e empresária Joana Prado foi uma integrante marcante do Pânico nos anos de 1999 e 2000, trazendo sua própria energia e carisma para a equipe. Essas adições e mudanças ao elenco ao longo dos anos contribuíram para a diversidade e o dinamismo do programa, mantendo-o relevante e atrativo para seus fiéis espectadores.
A drag queen Nany People
Nany People, a drag queen conhecida por sua participação no programa de março de 2000 a julho de 2001, também marcou presença. Posteriormente, sua fama cresceu ao colaborar com a renomada apresentadora Hebe Camargo.
A primeira musa
O sucesso do programa foi acompanhado pelo aumento no número de convidados famosos. Após a saída de Nany People em 2001, Mariana Kupfer entrou em cena, tornando-se a primeira musa do Pânico. Sua estreia no elenco aconteceu em maio de 2001. A presença de uma mulher bonita pela primeira vez trouxe um novo dinamismo à atração. Contudo, o período de Mariana no programa foi breve. Após seu retorno de uma breve participação no programa Casa dos Artistas 2, ela foi descrita por Emilio como uma "chata insuportável", fazendo alusão ao fato de ela se vangloriar por ter participado de um programa do SBT. Isso levou ao seu afastamento do Pânico em abril de 2003. Mariana, por sua vez, alegou que sua decisão foi motivada pelo deboche e maus-tratos recebidos de Emilio e Bola, que, segundo ela, não eram brincadeiras, mas sim tentativas de humilhação genuína.
Transmissão pela internet
A partir de 25 de setembro de 2002, o programa de rádio começou a ser transmitido ao vivo também pela internet, marcando um marco na história da internet brasileira como o primeiro programa de rádio a fazer isso. A Jovem Pan investiu significativamente, cerca de 150 mil dólares, na reforma completa do estúdio para tornar isso possível. Com essa inovação, os humoristas do programa enfrentaram um novo desafio, levando a rádio a contratar o renomado diretor de TV Nilton Travesso para orientar o elenco do Pânico na transição para a televisão. Esse passo foi crucial para o futuro do programa, que mais tarde estreou na TV em 28 de setembro de 2003, na RedeTV!. A partir daí, o Pânico na TV ganhou destaque como uma extensão bem-sucedida do programa de rádio, conquistando uma nova audiência e consolidando-se como uma das atrações mais populares da televisão brasileira.
Novos membros e a grande musa do Pânico
Nos anos de 2002 e 2003, o programa de Vinícius Vieira viu a entrada de talentos marcantes: Vinícius assumiu o papel hilário de Zé Fofinho, Carlos Alberto da Silva encarnou o personagem do Mendigo, Amanda Ramalho se destacou como a crítica do programa, Marcelo Senna trouxe sua peculiaridade como gago devido ao uso de um fone com atraso no retorno (delay), e a ex-BBB Sabrina Sato, que se tornou uma convidada frequente do programa após sua saída do reality show e antes de ingressar no humorístico. Com essa formação estelar, o programa deu um salto significativo, conquistando seu próprio espaço na televisão.
O sucesso do rádio rapidamente se traduziu na versão televisiva, porém, em meados de 2005, houve uma baixa quando Marcos Aguena deixou a Jovem Pan e também o programa de televisão, aposentando assim seus personagens "Mestre Fyoda" e "Carlos Caramujo, o repórter surdo". Em 2006, Danielle Souza, conhecida como a Mulher-Samambaia, expandiu seu papel de dançarina de palco para uma participação ativa no programa.
No ano de 2007, Wellington Muniz, também conhecido como Ceará, decidiu deixar a Jovem Pan para se dedicar exclusivamente ao Pânico na TV. No mesmo ano, o programa ganhou um novo personagem, Christian Pior, interpretado por Evandro Santo, um estilista fascinado pelo glamour e o mundo da moda. Em 2008, uma renovação no elenco trouxe a entrada de Fábio Rabin, que deu vida ao personagem Silveira. Nesse mesmo período, Eduardo Sterblitch entrou em cena como César Polvilho e Paulinho Serra como Vovô, ambos já conhecidos pelo trabalho no Pânico na TV.
No entanto, em 2009, muitos integrantes deixaram tanto o programa de TV quanto o de rádio. Entre eles estavam Danielle Souza, que saiu para participar da primeira temporada do reality show A Fazenda, na Rede Record, além de Fabio Rabin e Paulinho Serra, que se transferiram para a MTV. No mesmo ano, o corintiano Zina passou a fazer parte do elenco do programa.
Integrantes somente no rádio
Amanda Ramalho era uma ouvinte assídua do programa, conhecida carinhosamente como "Pimentinha" e "Amanda do Capão Redondo". Sua trajetória no programa começou em 2003, e ao longo dos anos, ela se destacou por suas perguntas provocativas aos convidados, bem como pela sua abordagem sem rodeios e senso de humor peculiar, o que ocasionalmente a classificava como uma pessoa com humor ácido e crítico. Contudo, essa mesma franqueza também levava algumas pessoas a rotulá-la como alguém com tendências depressivas e bipolar, devido à sua sinceridade às vezes cortante.
Em 2011, Amanda deu um passo importante ao se juntar ao Pânico na TV, onde ganhou um quadro próprio. Além disso, ela também teve destaque no TV Vírgula com o programa "Só os Top, só as Vip", que também era transmitido no YouTube, ampliando assim sua presença e reconhecimento na mídia.
No entanto, após uma série de polêmicas no programa, especialmente após um incidente durante a participação do cantor Biel, que resultou na saída deste ao vivo, Amanda tomou a decisão de pedir demissão da Jovem Pan em 24 de outubro de 2018, encerrando uma jornada de quinze anos na emissora.
Marcelo Senna
Um jovem com deficiência intelectual foi contratado para integrar o programa Pânico como parte de uma iniciativa para torná-lo mais sensível às questões políticas corretas, motivada por uma série de problemas judiciais anteriores. Antigamente, ele era conhecido como "Homem-Hino" devido à sua habilidade de recitar os hinos de vários clubes de futebol do Brasil. Além disso, é comum que os outros integrantes do programa o chamem de "moça", em referência à sua orientação sexual como homossexual.
Rodrigo Scarpa: de ouvinte a integrante mais conhecido
Rodrigo Scarpa, amplamente reconhecido como "Repórter Vesgo", iniciou sua jornada em 1994 como um simples ouvinte do Pânico, interagindo por meio de ligações e participações na programação. Após persistir por anos, ele finalmente teve a oportunidade de demonstrar seu talento a Emílio Surita, tornando-se um dos membros mais proeminentes e reconhecidos do programa.
Davis Reimberg
Davis ganhou destaque após publicar um vídeo no YouTube no qual defendia Xuxa Meneghel. A partir desse momento, ele passou a fazer participações em diversos quadros do programa Pânico na TV e fez parte do elenco do Programa Pânico na Rádio Jovem Pan de 2010 a 2015.
Marina Mantega
Marina tornou-se uma das integrantes do programa Pânico em outubro de 2013, quando compareceu à emissora para uma entrevista, na qual estava divulgando a capa da revista Status. Emílio Surita ficou tão impressionado com Marina que a convidou para integrar o elenco ao vivo do programa. Além de sua participação no Pânico, Marina é filha do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e também atua como modelo.
Saída da TV e politização do conteúdo
O programa de rádio gradualmente passou por transformações e, a partir de meados de 2014, começou a abordar temas como política e economia, mantendo seu tom humorístico e irreverente. Após o fim do programa na TV, alguns integrantes antigos do programa de rádio começaram a sair gradualmente. Bola deixou o programa no início de 2018, enquanto Carioca saiu no meio do mesmo ano. Emílio Surita é atualmente o único integrante original do programa. Apesar das mudanças na equipe, o programa teve um papel significativo durante as eleições de 2018, entrevistando todos os pré-candidatos à Presidência da República.
A abordagem política do programa e de seus participantes segue a linha editorial do Grupo Jovem Pan, refletindo a perspectiva da direita liberal brasileira, rejeitando o politicamente correto e adotando uma postura anti-petista. Em 2019, André Marinho e Alba Expider, que se destacaram em 2018 com imitações de políticos, juntaram-se ao elenco humorístico, ao lado de Lord Vinheteiro e Rogério Morgado. Com isso, o programa retomou um estilo mais humorístico, sem deixar de abordar assuntos sérios, especialmente após seu lançamento na plataforma de streaming Panflix.
A abordagem irreverente do programa é baseada em imitações, brincadeiras e provocações, embora já tenha sido criticada por casos de machismo e homofobia, tanto envolvendo convidados quanto integrantes do programa, resultando em processos judiciais.
Em setembro de 2019, Alba Expider gerou polêmica ao imitar o apresentador Fefito em uma matéria. Já em novembro do mesmo ano, o jornalista Glenn Greenwald foi agredido fisicamente por Augusto Nunes, também funcionário da Jovem Pan, durante o programa, após uma discussão sobre os filhos adotivos de Greenwald e David Miranda.
Em maio de 2021, André Marinho e o comentarista político Tomé Abduch se envolveram em uma briga durante uma transmissão, refletindo divergências em relação ao apoio ao presidente Jair Bolsonaro.