📣 Marcel Van Hattem e Motta
📌 26 de fevereiro de 2024
O Pânico Jovem Pan recebe no programa desta segunda-feira, 26 de fevereiro, o deputado federal Marcel Van Hattem.
🎬 Cortes das Entrevistas
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Marcel Van Hattem
Ele possui bacharelado em Relações Internacionais e especialização lato sensu em Direito, Economia e Democracia Constitucional, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, obteve o grau de mestre em Ciência Política pela Universidade de Leiden e em Jornalismo, Mídia e Globalização pelas Universidades de Aarhus, na Dinamarca, e de Amsterdã, na Holanda.
Sua carreira profissional teve início como entregador de jornais e repórter no Jornal Dois Irmãos. Contribuiu como colaborador convidado da Revista Voto e escreveu artigos de opinião e matérias para diversos veículos da imprensa brasileira, incluindo Zero Hora, Jornal do Comércio e O Estado de S. Paulo. Trabalhou na divisão internacional do Ministério dos Assuntos Econômicos, Agricultura e Inovação do Reino dos Países Baixos, em Haia, e fundou a Argumento – Consultoria para Líderes de Expressão.
Foi eleito vereador de Dois Irmãos em 2004, aos 18 anos, e posteriormente concorreu a deputado estadual, sendo diplomado como primeiro suplente do Partido Progressista (PP) em 2014. Exerceu mandato de fevereiro de 2015 a março de 2018. Ganhou destaque por seus discursos em defesa das ideias de liberdade e contra ideologias estatistas e coletivistas no Parlamento gaúcho.
Seus discursos mais impactantes, comentados, foram reunidos em seu livro “Somos Nós Com Uma Voz: do megafone à tribuna em defesa da Liberdade, do Estado de Direito e da Democracia”, lançado pela LVM Editora. Em março de 2018, filiou-se ao Partido Novo.
Ele tem uma voz aguda, quase estridente quando está nervoso, mas conquistou a confiança da equipe econômica do governo e o respeito da família de Jair Bolsonaro. Aos 33 anos, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), descendente de europeus do interior do Rio Grande do Sul, com 1,72m de altura e corpo franzino, vem se destacando em meio a uma bancada de novatos e causando ciúmes na cúpula do PSL, partido do presidente, e desconfiança entre os líderes do Centrão.
Com experiências na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, cidade de 30 mil habitantes, e na Assembleia gaúcha como suplente, Van Hattem marcou sua breve trajetória política pela defesa incisiva de causas ideológicas, como o Escola sem Partido. Ao assumir o cargo de deputado federal, no entanto, ele deixou de lado os discursos influenciados pelo escritor Olavo de Carvalho, de quem foi aluno, e tornou-se líder do Novo, focando imediatamente na agenda liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em apenas algumas semanas, já estava trocando mensagens diárias via WhatsApp e fazendo ligações frequentes com o secretário da Previdência, Rogério Marinho, além de participar de momentos privados com o clã Bolsonaro. "Marcel é uma das boas surpresas desta Legislatura", declarou Marinho, um dos principais responsáveis pela reforma da Previdência, da qual Van Hattem é um dos maiores defensores no Congresso. "Ele contribui buscando informações, avaliando o cenário e mediando com os partidos."
Em um domingo recente, dia 13, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, convidou Van Hattem para um churrasco em Porto Alegre. O encontro aconteceu na residência da família da noiva de Eduardo.
O momento do churrasco foi registrado no Instagram do filho do presidente. "Churrasco bem gaúcho, chimarrão e conversa em Porto (Alegre) com a galera e o Marcel van Hattem. As mulheres estavam presentes, mas não aparecem na foto. Mesmo assim, adivinhe sobre o que conversamos? Sim, política", compartilhou o deputado do PSL na rede social. Ao ser questionado pela reportagem, Van Hattem afirmou que há um "respeito mútuo". "Temos muitos interesses em comum."
Eduardo Bolsonaro optou por não conceder entrevista à reportagem. Em um dos corredores da Câmara, a equipe de reportagem presenciou o filho do presidente elogiando Van Hattem, que era um dos seus colegas mais próximos na Casa. Assumindo a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Eduardo o indicou para o cargo de segundo-vice-presidente, uma posição que originalmente seria ocupada pelo PSL.
Identificado como defensor do liberalismo econômico, Van Hattem se descreve como um político de direita, porém sem ser sectário. Desde jovem, ele testemunhou seu pai fechar uma empresa de construção civil devido aos altos impostos.
Esse episódio teve um impacto profundo nele. Passou a devorar as obras de Ludwig von Mises, um teórico do liberalismo e do livre mercado, e começou a frequentar o Instituto de Estudos Empresariais, uma organização que apoia o pensamento liberal, fundada pelo empresário Willian Ling em Porto Alegre. Ling se tornou um mentor tanto na vida acadêmica quanto na política de Van Hattem. Aos 17 anos, filiou-se ao PP, partido pelo qual se tornou vereador e suplente de deputado estadual.
Nas últimas eleições, já representando o Novo, ele foi o deputado mais votado do Rio Grande do Sul, conquistando 349 mil votos, quase o dobro dos votos de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), atual ministro da Casa Civil, que teve 183 mil votos.
Em sua jornada por espaço político, o defensor da "nova política" frequentemente se depara com figuras conhecidas do cenário nacional. Em um desses encontros, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que foi condenado e preso no escândalo do mensalão, foi quem interrompeu o passo rápido de Van Hattem na escadaria do Salão Verde da Câmara: "Tenho acompanhado de perto seu trabalho. Você vai longe". Mesmo constrangido, o parlamentar agradeceu. Logo depois, concluiu: "O que posso dizer? Devo ser cortês".
No cenário de falta de habilidade política dentro da base do PSL, Van Hattem emergiu como uma figura de liderança informal entre os novatos da Câmara. Durante o debate sobre a proposta de anistia para partidos que não cumpriram a cota feminina, pelo menos quatro parlamentares de primeiro mandato do PSL e um do PSD buscaram orientação de voto com ele.
O desfecho resultou na anistia, mas 11 deputados do PSL seguiram a mesma orientação de voto do Novo. Posteriormente, os quatro do PSL expressaram mais confiança na posição de Van Hattem do que na do líder de seu próprio partido, Delegado Waldir (PSL-GO).
A afinidade com a visão liberal da equipe do ministro Paulo Guedes já retirou Van Hattem e o Novo de papéis proeminentes na discussão da Previdência. Em março, durante a escolha do relator na Comissão de Constituição e Justiça, o PSL vetou um nome do Novo, que estava quase pré-aprovado pelos líderes.
Além do PSL, os líderes do Centrão também vetaram os nomes do Novo. "Eles estão mais alinhados ao governo do que o próprio governo", disse o líder do PP, Arthur Lira (PP-AL). Ele explicou que não considerava apropriado indicar alguém da legenda de Van Hattem para liderar a relatoria na comissão especial.
Em resposta às críticas de outros parlamentares, Van Hattem afirmou: "Não desejo criar controvérsias, mas não abro mão de minhas convicções para assumir nenhum papel de destaque na Casa". Ele acrescentou: "Na minha opinião, a reforma deveria ser aprovada conforme está. Sou independente e não tenho a pretensão de ser um líder do governo".